Renovam-se queda de juros e estabilidade da aversão ao risco
Em uma semana marcada por agenda fraca e por uma já esperada decisão do Copom, o mercado de juros assistiu a mais um recuo dos yieds curtos, tanto na estrutura do DI futuro quanto na curva da NTN-B, que reforça a expectativa de novos movimentos de baixa.
Entretanto, no momento atual, merece destaque a relativa estabilidade dos juros longos da curva DI, que vem acompanhando idêntico perfil do CDS Brasil de 5 anos, que oscila em torno de sua própria média, aos 214 pontos.
Em outras palavras, as medidas que refletem o sentimento de aversão ao risco recuaram e se estabilizaram em um nível graficamente baixo, sinalizando um momento de acomodação e acompanhamento de novos desdobramentos nos cenários político e fiscal.
Particularmente o CDS testa a cotação limítrofe, que divide os campos de cotações mais elevadas, praticados após a perda do grau de investimento do rating soberano, e de cotações mais baixas.
A propósito, ainda que a elevada liquidez global possa ter deslocado os referenciais históricos de risco, admitindo-se uma menor exigência de prêmios, a análise gráfica revela que o CDS se alinha em tendência de queda, com enfraquecimento de indicadores de força e convergência de médias, podendo testar o próximo suporte em 192 pontos.
Confira no anexo a íntegra do relatório de Análise Semana do Mercado de Renda Fixa, preparado por RENATO ODO, CNPI-P, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, Analista Sênior, ambos do BB Investimentos